Saiba mais sobre Paula Borghi, que abrilhantou o segundo dia de Pavilhão com o Workshop de Fotografia Ativa e suas transformações sociais.

Fotos: Luis Nova

O Festival Mês da Fotografia convidou a curadora de artes visuais e pesquisadora Paula Borghi para ministrar um workshop inspirador intitulado “Fotografia Ativa, Arte e Transformações Sociais”. Com sua experiência como doutoranda em História e Crítica de Arte na UFRJ, Paula compartilhou ideias que transcendem os limites da lente e abrem portas para um novo entendimento da fotografia como veículo de mudanças sociais.

O conceito de Fotografia Ativa, pensado por Paula Borghi, floresceu a partir das palavras de Walter Benjamin em 1934, quando ele enfatizou o papel do autor como produtor. Essa visão desafia o modo convencional de encarar a fotografia, transformando-a de um mero registro em uma ferramenta para capacitar outros fotógrafos. A proposta é uma narrativa fotográfica mais diversificada, que amplie vozes não hegemônicas e celebre uma pluralidade de autores.

Durante o workshop, Borghi discutiu a interseção vital entre arte e transformação social. Ela argumenta que a arte não apenas molda nossa subjetividade, mas também exerce um impacto político no mundo. Sua abordagem provocativa visa estimular a reflexão sobre o poder da fotografia na criação de um mundo mais equitativo e diversificado. Ao concentrar-se em fotógrafos brasileiros, Borghi enfatiza como a iconografia da fotografia pode ser utilizada para contar histórias alternativas, desvendando múltiplos aspectos do Brasil e desafiando visões preconcebidas.

A imensa extensão territorial do Brasil ressalta o potencial da arte para fortalecer a identidade social e fomentar transformações. Um exemplo notável apresentado por Borghi durante o workshop é a exposição “Fotógrafos do Morro”, em exibição no Sesc Pinheiros, São Paulo. Nessa exposição, os retratistas Afonso Pimenta e João Mendes capturam a vida nas comunidades, proporcionando um olhar empático e autêntico. Ao romper com estereótipos e objetificação, a exposição redefine a iconografia da fotografia brasileira, promovendo uma nova narrativa que valoriza as histórias e identidades das pessoas do Morro.

A experiência oferecida pelo workshop de Paula Borghi no Festival Mês da Fotografia é um convite para explorar a fotografia como agente de mudança e expressão artística significativa. Sua abordagem inovadora e perspicaz desafia os participantes a reconsiderar a fotografia como uma ferramenta ativa para reconfigurar perspectivas, impulsionar a transformação social e contar histórias que transcendem fronteiras físicas e imaginárias.

 

Veja mais fotos dessa matéria no Flickr do Festival.

 

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