Festival Mês da Fotografia: Reencontro com a Arte e a Diversidade

A abertura do Festival Mês da Fotografia representa um momento de reencontros e emoção para os participantes, organizadores e apaixonados pela fotografia.

O tão aguardado Festival Mês da Fotografia teve início nesta quinta-feira, 3 de agosto, trazendo consigo uma programação emocionante que reafirma sua importância tanto para artistas quanto para entusiastas da fotografia. A abertura do evento foi realizada na cúpula do prestigiado Museu Nacional da República, proporcionando um momento carregado de emoção para os fotógrafos e organizadores do festival. Mais uma vez, o Festival Mês da Fotografia reforça seu compromisso com a representatividade e a promoção de trabalhos muitas vezes negligenciados pela sociedade.

Carol Peres, diretora do Festival Mês da Fotografia ressalta a relevância de trazer o festival para um local tão emblemático para Brasília, o Museu Nacional da República, realçando a importância desse evento para fomentar a arte e a economia criativa do Distrito Federal, beneficiando diversos artistas que dependem da fotografia como fonte de sustento. A preocupação com a inclusão é notável no festival, impulsionada pela participação de Juju Peres, irmã de Carol, que é uma artista e representa a categoria PcDs, pessoas com deficiência. Carol se orgulha do caráter diverso de Brasília e destaca a importância de mencionar e reconhecer essa diversidade em todos os âmbitos para que esses públicos sejam vistos e representados.

Eraldo Peres, Diretor do Festival Mês da Fotografia, compartilha a satisfação de realizar o evento e receber novamente o público artístico após a pandemia e enfatiza à programação desafiadora desta edição, que agora também conta com a presença da arte internacional e o inovador Mercado da Luz, um espaço que abrigará diversas exposições e dinamizará o mercado de arte.

 

Denise Camargo, curadora da exposição coletiva do Festival, fala sobre o processo de seleção dos fotógrafos, mencionando o recorde de mais de 1000 inscrições, resultado da ampla divulgação e do objetivo do festival em priorizar a presença de mulheres e grupos minoritários, que permite uma reflexão sobre os temas que permeiam a sociedade brasileira e sua relação com a população, expressos por meio da fotografia. Nesse contexto, Emanuelle Sena Santos, uma das participantes do festival, ressalta a importância de representar o público feminino na fotografia, destacando os desafios enfrentados pelas mulheres para conquistar seu espaço nesse campo.

O festival também destaca entrevistas com fotógrafos emocionados ao verem seus trabalhos estampados na cúpula do Museu Nacional. Como Hebert da Cruz, fotógrafo do Coletivo Retratação, que enfatiza a visibilidade trazida para artistas do Distrito Federal e a representação da pluralidade e política em suas imagens, fortalecendo a importância da arte além do Plano Piloto. Por outro lado, Daniela Louvores, consultora de diversidades da Adiinclusão, representa as pessoas com deficiência (PCD), mostrando sua imagem no festival, em que ela está em uma cadeira de rodas ao lado de um avião, simbolizando as possibilidades ilimitadas para todos, independentemente de suas condições. Ela enfatiza que o museu é inclusivo e acolhe a todos, tornando o Festival Mês da Fotografia um evento aberto e acolhedor para todos.

Sarah Saleit, diretora do museu, ressalta a importância de sediar o festival após a pandemia, promovendo a diversidade de perspectivas e a participação de diversos artistas. Ela enxerga o tema da décima edição do festival como uma representação da esperança necessária após um período difícil em que muitos artistas perderam a fé em seus sonhos.

Além disso, o festival apresenta a perspectiva de curadores, como Raiane Soares, que conduz a Exposição AfroFuturo, abrangendo o trabalho de artistas do projeto Jovem de Expressão em Ceilândia. Raiane destaca a importância dessa exposição para dar visibilidade aos artistas da periferia, mostrando a cultura, a rotina, a expressão e os sentimentos dessa região de forma inovadora. Por outro lado, Francisco de Souza, fotógrafo com 30 anos de experiência, apresenta uma série de imagens que retratam meninos da periferia na orla do Rio de Janeiro, mostrando sensibilidade e respeito ao capturar esse grupo que podem e devem ocupar a área nobre do Rio de Janeiro.

O festival não teria sido possível sem o apoio de diversos parceiros, como o FAC, SEBRAE, Correio Braziliense e Nova Brasil FM. Diego Amorim, diretor da rádio Nova Brasil FM de Brasília, elogia a afinidade dos objetivos e premissas do festival com os da rádio, que também valoriza a diversidade e a inclusão. Ele destaca que a exposição retrata de forma autêntica todas as comunidades e grupos de Brasília que merecem ser vistos e aplaudidos. O Festival Mês da Fotografia celebra não apenas a arte, mas também a diversidade e o talento presentes em Brasília, promovendo a conexão entre os artistas e o público em um evento enriquecedor para todos.

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