Diálogos Fotográficos com Fernando Velázquez e Gilberto Lima com o tema “Inteligência Artificial, Imaginários Contemporâneos e o Impacto na Economia Criativa.

Fotos: Gustavo Moreno

Esse foi o tema do segundo dia de Diálogos Fotográficos realizados no Pavilhão da Fotografia, na quinta-feira (17). Mediado pelo jornalista e influencer Gilberto Evangelista o assunto, mais atual do que nunca, rendeu. E a questão principal foi se é a tecnologia que domina o homem, ou o contrário.

De um lado, o artista, curador e professor Fernando Velázquez, que investiga os dispositivos técnicos enquanto agentes mediadores da percepção e sua relação com os paradigmas vigentes. Mestre em moda, arte e cultura, e pós graduado em vídeo e tecnologias on e off line já participou de diversas exposições no Brasil e no exterior, Fernando acredita que o homem pode se beneficiar com a IA e até apresentou um trabalho que fez recentemente e que rendeu uma exposição em São Paulo. “Todo mundo vai poder usar, mas os artistas vão se destacar com o uso dessa nova ferramenta, que já está aí à disposição”, afirma Velázquez.

Futurista e humanista digital, Gilberto Lima , que é palestrante TEDX, Campus Party, World Creativity Day e SEBRAE Inova e presidente do Instituto Illuminante de Inovação Tecnológica e Impacto Social, acredita que a IA é um caminho sem volta e teremos que nos adequar a ela. Membro Conselheiro da Câmara de Negócios da Economia Criativa do DF, Lima se preocupa, entre outras coisas, com a questão autoral das imagens geradas por essa nova tecnologia. “É preciso que haja uma regulamentação sobre esse assunto para que não aconteçam enganos no processo”, afirmou ele que fez questão de lembrar sobre uma premiação fotográfica, que aconteceu em um evento na Itália, em que a foto vencedora foi feita com base na IA e essa informação não foi repassada para os organizadores e acabou gerando uma grande confusão. “São coisas simples que podem evitar contratempos”, diz Gilberto, que acha que essa regulamentação, que já existe nos EUA e na Europa precisa ser adotada, rapidamente, no Brasil.

Uma das questões levantada pela plateia, formada por fotógrafos analógicos e digitais, foi se a IA poderia deixar os profissionais da fotografia sem trabalho. Ambos os convidados foram enfáticos em afirmar que não, mas com a ressalva que o melhor é tentar se adaptar as mudanças que, chegam cada vez mais rápido, para que a tecnologia seja uma aliada e não um adversário.

 

Confira mais fotos dessa matéria no Flickr do Festival.

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